segunda-feira, janeiro 08, 2007

Passei esse fim de semana maravilhoso com uma amiga EXTRA-ordinária.

Uma pessoa que conheci ano passado (ainda não sei como), mas que mesmo a 128Km de distância consegue ser uma amiga verdadeira, daquelas que tem sempre uma palavra de conforto e encorajamento. Uma menina de Deus que também tem seus problemas, mas que tem uma força incrível, ao ponto de mesmo com a cabeça ocupada com eles, consegue suportar o amigo com dificuldades.

Ela tem sido muito sincera e verdadeira comigo, como nunca vi uma mulher fazer igual.
É interessante a forma como ela me trata, até de "amiga" me chamou, imagina... =\
Mas conversar com ela e ser uma "amiga" tem sido uma experiência valiosa, pois acho que nunca poderei agradecer por tudo que ela tem me ensinado.

Cheguei na rodoviária na sexta a noite e ela e sua mãe foram me buscar, depois fomos a casa dos seus irmãos jantar. Impressionante como uma família pode ser todos muito agradáveis, educados e gentis, hehehe. Não são de forma alguma esnobes: jantamos sopa de pão (deliciosa!) sentados no sofá, colocando o prato em cima de outra cadeira. Mas mesmo assim com muita classe da parte deles, impressionante.

Tive menos contato no fim de semana com a mãe dela, já a tinha conhecido quando estiveram em Campina Grande e foram a um ensaio do coral em que estava tocando. Ela está fazendo doutorado em teologia ministerial e é (ou já foi) diretora de um seminário. Me mostrou a imagem de uma pessoa muito sensível e atenciosa. Dizem que quando a mulher fica mais velha, se parece com a mãe, sorte a da minha amiga, hehehe.

Seu irmão do meio é um cara inteligentíssimo. É daquele tipo de gente que lhe ganha na hora. Sabe aquele "cara gente fina" que é unanimidade? Divertido e deixa você bem a vontade para conversar, se interessa no papo. [Nota mental: me interessar no papo das outras pessoas]

Seu pai me proporcionou uma das melhores aulas de tudo um pouco da minha vida, kkkkkkk. Professor universitário com 40 anos de estudos nas costas, um poço de conhecimento, teórico e de vivência. Logo eu que "odeio" papos filosóficos, pessoas cultas, fazer perguntas, ouvir idéias lógicas estava com ele na casa da minha amiga.

Não posso dizer que conversamos: ele teve uma paciência de Jó em me ensinar mil coisas e apesar de ainda não concordar com tudo, estou meditando em coisas interessantes, lendo a Bíblia e vendo que elas se encaixam na verdade de Deus.
Falando em fé, muitas pessoas o consideram ateu, mas ele não se encaixa no uso comum da palavra, pois parece na verdade parece apenas querer por o conhecimento de Deus num campo separado, mantendo uma linha definida entre ciência e fé. É mais para um gnosticismo ou teísmo "esclarecido" ou uma forma de crer totalmente nova para mim. Como ele diz: "eu nunca disse que Deus não existe, só que não creio nele"... oO
Ele concordaria em algumas coisas com um téologo liberal, Rudolf Bultmann, mas usou os mesmo argumentos para descrer e não para crer.

Minha amiga preparou uma das melhores refeições que já comi. Vocês não imaginam o que foi o camarão no alho e óleo dela, hehehe (ela comprou 700g de camarão para mim, seu pai e ela). A se o gosto e o cheiro fossem como a imagem que podemos cristalizar numa foto... daí você teria noção do que estou dizendo!
Conversamos muito mesmo sobre nossos problemas, sonhos, namoro, amor, família, Deus, papagaios, cachorros, profissão, graduação, até mesmo sobre filtro solar, =D (estou com os braços e pés queimados... matuto não pode mesmo ver sol, hein?).

Fui a formatura de sua cunhada e conheci seu irmão mais novo, alias, reconheci. Pagamos algumas disciplinas de história juntos ele acabou de se formar, o que me lembrou que poderia ter me formado esse ano também, =[
Conheci suas melhores amigas e impressionante como pessoas legais tem amigos legais, pois as duas eram pessoas maravilhosas também (quase não falei com elas, mas deu para notar).

Quando foi a hora de ir embora me senti tão forte, confiante. Estava fugindo de campina, tentando achar um retiro espiritual para me esconder e achei. Oramos muito por muitas coisas e estávamos sempre na presença de Deus, o que me deixou tão realizado. Muitas vezes chamamos as pessoas que tem a mesma fé de irmãos e não temos noção do que dizemos, mas estar com ela me lembrou que tenho irmãos na fé, quantas vezes mais preocupados e atentos conosco que nossos irmãos biológicos.

Próximo post, quando voltar de Brasília, conto o que aprendi com as mulheres passando o fim de semana com a minha amiga de infância que conheci ano passado, ;]

UPDATE: Não vou escrever o texto, são segredos que prometi levar para o túmulo, ;]

Nenhum comentário: