segunda-feira, março 17, 2008

Ânsia de céu e mar

A minha vida é noite enclausurada,
como prenúncios de ocaso do que existe,
é o vazio do medo de ser triste,
é a procura de ser, sem ser mais nada.

São meus passos reféns da encruzilhada
de meu destino, que me enreda e assiste
à prisão de meu corpo que resiste
ao curto espaço e tenta a caminhada.

Da vida o que me resta em vão procuro
réstia de luz qualquer onde aventuro
o meu desejo de viver e amar.

O que me resta da vida eu transfiguro
à angústia de ser hoje e ser futuro,
à ânsia de ser céu e de ser mar.

Ronaldo Cunha Lima

2 comentários:

Anônimo disse...

Não farei crítica ao poema, por medo de levar um tiro na boca... =x hahaha

Abração!! ;)

Unknown disse...

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK