terça-feira, junho 24, 2008
João Alexandre - Feirante
Arruma a cangalha na cacunda
Que a rapadura é doce mas não é mole não
Arruma a cangalha na cacunda
Que a rapadura é doce mas não é mole não
E genipapo no balaio pesa,
Anda, aperta o passo pra chegar ligeiro.
Farinha boa se molhar não presta,
Olha lá na curva a chuva no lagedo
Quem foi que te disse
Que a vida é um mar de rosas?
Quem foi que te disse
Que a vida é um mar de rosas?
Rosas têm espinhos, e pedras no caminho
Daqui até a cidade é pra mais de tantas léguas
Firma o passo, segue em frente,
Que essa luta não tem trégua
Fica na beira da estrada quem o fardo não carrega
A granel felicidade não custeia o lavrador
Vamos embora que a jornada é muito longa
E não há mais tempo de chorar por mais ninguém
Lá na feira a gente compra, a gente vende,
A gente pede, até barganha aquilo que comprou
E te prometo que depois no fim de tudo
na Quitanda da Esperança
Eu te compro um sonho de açucar mascavo
embrulhado num papel de seda azul
Pra te consolar, ôh
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