Quero as rugas e os cabelos brancos, as mãos calejadas e a voz cansada. Quero as marcas na pele de vários verões como uma tatuagem exibida com orgulho, conquistada pela vivência num mundo hostil a árduo.
A sabedoria, a paciência, a generosidade. A doçura da fala e a fragilidade do corpo que agora abriga uma alma tão desproporcionadamente crescida, o olhar sincero e austero, a dureza do amor que exorta de forma tão carinhosa e a falta da força dos braços brutos que docemente abraçam.
A velhice perdida numa infância eterna daqueles que envelhecem no exterior, enquanto o interior se renova a cada dia. Da proximidade com a morte, do medo da dor e da liberdade de saber que é finitamente infinito.
Quero a maturidade cristã, ancião, presbítero. Velho que sorri criança.
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