2014: escrever um livro

Com certeza, o melhor combustível para uma vida saudável são os sonhos. Eles nunca devem ser apenas aspiração impossível, mas horizonte ideal para o qual remando em direção nos tornamos mais fortes e encontramos em Deus maior satisfação. Sonhos são meios lúdicos de Deus nos guiar rumo a nossa vocação.

Em 2014 eu quero literalmente materializar um sonho, um dos meus sonhos mais lúcidos e caóticos onde realmente vi que minha cabeça consegue fazer conexões com as áreas mais inconciliáveis da minha experiência, e produzir algo em que a graça de Deus se manifeste.

Já ouvi várias citações de uma frase que não acho a fonte: "plante uma árvore, tenha um filho, escreva um livro". Já fiz a primeira, não posso realizar a segunda no momento, mas esse ano quero realizar a terceira parte.

Espero que do afeto que tenho pela escrita, da minha insistência na pesquisa e da necessidade de trazer luz sobre uma história triste, consiga glorificar a Deus sem no entanto escrever um livro de auto-ajuda ou religioso.

Como Caetano Veloso canta:

Os livros são objetos transcendentes,
mas podemos amá-los do amor táctil
que votamos aos maços de cigarro.
Domá-los, cultivá-los em aquários,
em estantes, gaiolas, em fogueiras.
Ou lançá-los pra fora das janelas,
talvez isso nos livre de lançarmo-nos.
Ou, o que é muito pior, por odiar-los
podemos simplesmente escrever um.
Encher de vãs palavras muitas páginas
e de mais confusão as prateleiras,
tropeçavas nos astros desastrada,
mas pra mim foste a estrela entre as estrelas

Não tenho um planejamento muito sólido ainda senão começar uma pesquisa no contexto histórico cultural em que o livro será desenvolvido, além de alguma pesquisa de campo utilizando especialmente história oral. Não que seja meu objetivo um livro histórico científico, nem mesmo ser fiel aos fatos. Meu interesse está justamente nas interpretações subjetivas, seus usos e abusos.

Já falei demais, mais detalhes só se for uma editora querendo olhar o primeiro capítulo, hehehe.